Eu sou fascinada pela infância. Talvez nem precisasse dizer isso, pois a profissão que escolhi já entrega o meu amor pelas crianças. É por elas que trabalho, estudo, me capacito diariamente.
Mas, essa sou eu, Janice. Vivemos em um mundo diverso em que nem todo mundo tem essa afinidade com bebês. E está tudo bem. O que me preocupa é outro pensamento que volta e meia repercute por aí. Ele diz assim: “eu não gosto de criança”.
Quando leio ou ouço essa frase, consigo perceber por trás dela, um discurso que me entristece. Troque criança por qualquer outra faixa etária e você vai perceber o quanto ela é incômoda. “Eu não gosto de idosos”. Lamentável, não é?
Temos acompanhando as consequências da intolerância em várias esferas sociais e nos indignado com isso. Essa é só mais uma razão pelo qual a frase “eu não gosto de criança” precisa ser erradicada – afinal, ela exclui, segrega e fere.
Nosso dever como cidadãos, profissionais e pais, é construir uma sociedade inclusiva, que respeite e acolha todos os públicos. Você pode não saber lidar com as crianças, ter dificuldade para compreendê-las ou optar por não ter um bebê. Mas, respeitar e defender a infância, é sim, uma obrigação de todos.
Dra. Janice Sityá
Dra. Janice Sityá
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