Dia desses, li uma frase nas redes sociais que me chamou a atenção. Era mais ou menos assim: “A parte mais difícil da maternidade são os palpites. A privação do sono um dia passa. Os palpites nunca acabam”.
Eu ri, mas concordei. Como mãe e pediatra, sinto o impacto dos palpites no dia a dia. Durante os atendimentos, não são raras as vezes que preciso desconstruir mitos disfarçados de conselho de vovó. Aquelas coisas do tipo “colo demais vicia”; “essa criança está fazendo seu peito de chupeta” ou “deixa chorar”, que vocês bem sabem que eu não concordo. Afinal, são crenças que não tem nada de ciência ou pedagogia.
É nesse sentido que eu afirmo que palpite não é ajuda. Digo isso porque eles costumam estar afastados do sentido de orientação ou conselho e apenas reproduzem o que já se diz sobre a maternidade há anos, sem qualquer adaptação para a realidade daquela família ou daquele bebê.
A verdade é que quando nasce uma mãe, nasce também uma mulher que precisa aprender a lidar com os palpites. E como fazer isso? Voltando suas atenções para as informações confiáveis, ouvindo profissionais atualizados e construindo uma boa rede de apoio (não esqueça de incluir nela o pediatra).
Se você estiver bem amparada, vai ser fácil aplicar uma tática que é tão antiga quanto os palpites, mas ainda funciona muito bem. Aquela de “entrar por um ouvido e sair pelo outro”.
E você, está sabendo separar orientação de palpite?
Dra. Janice Sityá
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