“Não há como ser uma mãe perfeita, há um milhão de maneiras de ser uma boa mãe”. Escolhi essa frase da autora americana Jill Churchill para introduzir um assunto que não é raro no meu consultório: os modelos inalcançáveis de maternidade.
Ao longo do tempo, a figura da mãe foi construída como alguém que dá conta de tudo e não se permite falhar. Essa questão cultural somada a uma série de cobranças e imposições que já fazem parte do universo feminino, acabam gerando frustração nas mulheres que não conseguem cumprir o checklist da perfeição.
“Se ela teve parto normal, amamenta, usa fralda ecológica e é bem sucedida no trabalho, por que eu não consigo?” – é o que muitas de vocês se perguntam. A resposta é simples: porque a sua experiência é única.
Sabe aquela clássica expressão que tanto ouvimos na infância “você não é todo mundo”? Hoje me aproprio dela para interpretar o momento que vivemos. Apesar de haver muitas coisas positivas nas redes sociais, elas também criaram um falso senso de “todo mundo faz” ou “todo mundo consegue”. Mas, na vida real não é bem assim. Afinal, quem é que lembra de fotografar e postar quando vai a uma consulta com o obstetra e ele informa que não há condições para o parto natural? Ou quando o bebê que você acabou de vestir para o passeio faz cocô que transborda pela fralda, seja ela ecológica ou não? Nem todo o frame da maternidade é instagramável, mas acredite: absolutamente todas nós passamos por eles.
Então as supermães não existem? Sim, elas existem. E são muitas. Elas estão no seu cansaço, nos planos adiados, na coragem de assumir que você queria muito fazer de determinado jeito, mas a natureza, a rotina ou as condições do momento não permitiram.
Supermães são todas aquelas que fazem o seu melhor diariamente. E o seu melhor não é igual o de ninguém. E nem igual todos os dias.
Dra. Janice Sityá
Dra. Janice Sityá
Endereço: Clínica Ped&neo
Travessa Cassel, 25 | Nossa Sra de Lourdes – Santa Maria – RS | CEP 97050-110
Telefone: (55) 3033 9999
WhatsApp: (55) 99717 9854 | (55) 99117 0221