Eu recebo diversas mães todos os dias. Sinto que cada uma, a seu modo, é engajada na maternidade. Elas pesquisam, querem aprender, fazem concessões e assumem uma nova vida em que a prioridade é o bebê, ainda que esse processo às vezes seja um pouco dolorido.
Não são raras aquelas que encontram no meu consultório um espaço para desabafar. “Dra. Janice, queria que o pai participasse mais”, dizem, compartilhando comigo o sentimento de que alguns homens não se entregam para esse novo momento na mesma intensidade.
Na minha leitura, existem algumas razões para isso. A forma com que foram criados prioritariamente pela mãe; a educação masculina, que não incentiva a paternidade no mesmo nível do que ocorre com a mulher, enfim… Poderíamos discutir muitos fatores sociais, emocionais e psicológicos aqui, que são bastante profundos e reais.
Mas, meu objetivo é proporcionar uma reflexão mais inicial com a seguinte pergunta: você está deixando o pai ser pai? Quando ele se propõe a realizar alguma tarefa, você o incentiva ou o critica por não fazer exatamente do seu jeito?
Talvez a roupinha que ele escolha não seja exatamente do seu gosto. A fralda não fique perfeitamente alinhada, o banho que ele dá não dure o mesmo tempo que o que você dá. E tudo bem! As pessoas são diferentes em seus modos de fazer no trabalho, nos estudos, no dia a dia e nem tudo é sobre certo ou errado, mas sobre fazer!
Então, mãe, antes de mais nada, deixe o pai ser pai. Eu entendo que você quer o melhor para o seu filho, mas permita que ele construa uma relação com o bebê, que aprenda sobre os cuidados e que até se equivoque às vezes. O importante é que essa porta esteja aberta para uma bela relação de amor passar! Promete que vai pensar sobre isso?
Com carinho,
Dra. Janice.
Dra. Janice Sityá
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